Entrudanças 2014
Oficinas
Objetivos:
Propiciar troca de informação e experiências; Incrementar conhecimentos específicos relativamente à arte e contextos tradicionais; Valorizar as relações inter-geracionais e os saberes populares; Promover o conhecimento aprofundado de cada contexto musical versado.

Cada oficina é dirigida por duas pessoas, o tocador tradicional e o “pivot”, e frequentadas por um mínimo de 10 músicos, inscritos previamente. Os tocadores tradicionais representam gerações, enquadramentos sociológicos e repertórios diversos.

Concertina
Tocador: 
António Fernandes durante muitos anos foi um dos poucos tocadores de concertina que animavam a romaria de S. João d’Arga. Foi tocador no Rancho Folclórico de Dem, fundador e tocador da Associação de Danças e Cantares Genuínos da Serra de Arga assim como do projeto ‘As raízes e o tempo’. Dedica-se à divulgação e ensino da técnica da concertina e, atualmente, integra o Grupo Etnográfico de Vila Praia de Âncora e o projeto Minius.

Monitor:
Artur Fernandes – Mentor dos Danças Ocultas, um dos grupos mais icónicos no panorama da concertina em Portugal, Artur Fernandes tem participado em diversos projetos musicais que, além dos trabalhos discográficos convencionais, passam também pelo teatro e pelo cinema. É um apreciador das diversas correntes de interpretação do instrumento no território português.

Gaita-de-fole e percussão
Tocadores: Associação Folclórica Gaiteiros de Xistra, Coruxo, Vigo
A Associação Folclórica Gaiteiros de Xistra está íntimamente ligada a dois colectivos anteriores: a banda Xistra de Coruxo, de Vigo, um grupo de música tradicional e o Centro Recreativo, Artístico e Cultural de Coruxo (C.R.A.C.C.). Além da publicação de diversos trabalhos acerca do património musical do Baixo-Minho galego e do Alto Minho português, possuem uma grande atividade ao nível do ensino e da interpretação da música galega.

Monitor:
Xerardo Santomé é um músico galego, antropólogo e integrante do grupo Xistra de Coruxo, Vigo. Tem publicado vários estudos, dos quais destacamos a temática do fenómeno congénere dos «zés-pereiras» na Galiza, a «treboada galega».

Cavaquinho & Braguesa
Tocadores:
Manuel Faria de Vale de São Cosme, Vila Nova de Famalicão e José Correia de Santiago da Cruz, Vila Nova de Famalicão

José Correia da Silva, conhecido por «Correia da Braguesa», é uma presença habitual na oficina de Domingos Machado. A sua relação com a construção é antiga dado que começou a tocar num instrumento feito por si. Mais tarde veio a adquirir outra viola braguesa ao violeiro Domingos Machado (pai) em Braga, na feira da romaria de Santa Marta, por 300 escudos. Torna-se baixista e, depois de algumas passagens por diversos grupos, encontra-se novamente com o instrumento quando, nos anos 90, o violeiro Domingos Machado (filho) lhe oferece outra viola aquando da inauguração do Museu dos Cordofones. A partir daí nunca mais parou a relação com o instrumento, descobrindo e apontando as conjugações de acordes possíveis de praticar.

Manuel Faria é filho de um exímio tocador de cavaquinho. No entanto, o seu pai nunca lhe ensinou a arte e Manuel não tocava sequer à sua beira. De forma autodidata foi estabelecendo o seu próprio percurso, observando algumas posições que o violeiro Domingos Machado lhe transmitia de modo informal. De há 20 anos para cá começou a tocar em diversos ranchos do concelho de Famalicão como são exemplo o de Gavião, o de Nine ou o de Calendário onde ainda toca. Nos últimos anos colabora no grupo Concertina Velhos Amigos, de Aveleda, Braga.

Monitor:
Daniel Cristo é um músico de Braga que domina estes dois cordofones, os mais populares do Minho. Faz parte das bandas Origem Tradicional e Arrefole assim como tem colaborado de forma ativa no projeto da Associação Cultural Museu do Cavaquinho.

Cantos polifónicos
Cantoras:
As Cantadeiras do Vale do Neiva são um grupo de cantares polifónicos do Minho fundado em 1982. Cantam à capela a três e a quatro vozes com particular realce para a requinta e a voz de fora, o descante ou o grito. O seu trabalho apresenta um conjunto de músicas transmitidas no território das antigas Terras do Neiva, correspondente ao percurso final da bacia hidrográfica do rio Neiva.

Monitora:
Sara Vidal é uma cantora portuguesa ligada à música de inspiração tradicional. Foi vocalista da banda galega Luar na Lubre e, atualmente, regressada a Portugal, é formadora de canto e pandeireta na EMtrad', escola de música tradicional da d'Orfeu Associação Cultural, e faz parte de vários projetos como «A Presença das Formigas», onde é vocalista.


Danças do Minho
Bailador:
Desidério Afonso é um dançador do Rancho Folclórico de Dem e, desde tenra idade, animador das tradições da romaria de S. João d’Arga. Foi convidado, por Pedro Homem de Melo, a colaborar na sua Academia de Danças e Cantares do Norte de Portugal. Foi ensaiador da Secção de Danças e Cantares do Grupo Juvenil de Caminha e integrante do projeto «As raízes e o tempo». Nas últimas três décadas foi ensaiador do Rancho Folclórico de Dem. Atualmente é responsável pelo projeto da Academia de Dança Etnográfica de Caminha.

Monitor:
Luís Moura é um elemento fundador da associação Pédexumbo e tem participado em diversos eventos desta associação, tal como o Encontro de Tocadores realizado em Nisa ou o Andanças, onde foi monitor em diversas oficinas de danças portuguesas.


Palestras
As Palestras são momentos informais de apresentação e discussão de assuntos dedicados a instrumentos, formas de tocar e de construção. Quer-se que este momento seja participativo.