Entrudanças 2016
Formato
O formato do evento consiste numa série de oficinas de aprendizagem, com a presença de tocadores de vários instrumentos (na sua maioria serão músicos rurais, envelhecidos, dedicados a práticas musicais em declínio) e um "pivot" (responsável por facilitar a dinâmica da oficina e a troca de informação entre o tocador antigo e a assistência). A escolha do “pivot” será criteriosa, devendo este conhecer o enquadramento da formação e possuir experiência como facilitador de dinâmicas de grupo. Por fim, a assistência das oficinas será constituída por jovens músicos que tencionam aprender técnicas e repertórios de instrumentos "tradicionais", procurando renová-los, experimentá-los e inseri-los em novas práticas musicais, sem intenções "fossilizadoras" ou discursos imobilistas de identidade regional ou nacional.
Para além destas oficinas, o Encontro inclui ainda palestras com temas específicos e oradores convidados (músicos, tocadores académicos, etc.), exposições, concertos, projeção de filmes e documentários, bailes noturnos à volta de "jam sessions" dos vários músicos presentes. Tudo isto, com vista a gerar uma interação entre músicos e não-músicos de várias gerações e proveniências.
Através das práticas musicais, gera-se maior riqueza na descoberta de instrumentos, repertórios e, sobretudo, numa reflexão implícita sobre quem somos e para onde vamos, através da música.
Fase de preparação
A primeira fase de trabalho do Encontro irá consistir na pesquisa e estabelecimento de contactos com tocadores de instrumentos tradicionais, detentores de conhecimento de repertórios tradicionais, especialmente oriundos da zona do Minho e Galiza. O intuito é que possam dinamizar as oficinas de instrumentos, partilhando repertórios e técnicas.
Paralelamente, procurar-se-á estabelecer contato com construtores de instrumentos, passíveis de integrar a feira e orientar formações relativas à sua arte. Serão também contactados grupos de música e baile tradicional, que irão dinamizar as atividades noturnas.