Entrudanças 2016
Concertos
Concerto Daniel Pereira Cristo


Desde muito cedo na sua vida, que os instrumentos tradicionais e os cordofones em particular, fazem parte da existência e da música do Daniel... 
O seu percurso a solo, começa com um desafio vindo da Galiza (para que mostrasse as sonoridades dos cordofones tradicionais em várias localidades, destacando-se o concerto no Teatro Rosalía de Castro) e com o convite de Júlio Pereira, para fazer um trabalho discográfico, com a chancela da Associação Museu Cavaquinho, que aliasse o Canto com o Cavaquinho.  Em trio, com o concerto Cordofonias, explorou as sonoridades dos instrumentos ancestrais da tradição minhota, do cavaquinho à braguesa, passando pelo bandolim, fazendo uma viagem ora por sons da tradição oral, nas músicas cantadas, ora pelos instrumentais que compõe. 
É de toda esta amalgama de experiências e vivências que surge este concerto, para apresentação deste “Cavaquinho Cantado”, com Diogo Riço na Bandola, André Ramos na Viola Braguesa, André NO nas Percussões e David Estêvão no Contrabaixo, aos quais se juntam a voz e a flauta de Catarina Valadas para a formação completa em sexteto. 

Este concerto caracteriza-se pela alegria da junção dos dois velhos conhecidos, o canto e o cavaquinho, como personagens centrais de um todo que, se pretende, seja sentido como uma abordagem nova e contemporânea da música e instrumentos de identidade. Música Étnica do Noroeste Português e Peninsular, como gosta de chamar-lhe. A produção musical está a cargo do técnico e multi-instrumentista Hélder Costa, com Sérgio Lajas no desenho de luz.
[ ± ] Daniel Pereira Cristo
Daniel Pereira Cristo Cantautor / Compositor / Arranjador / Produtor / Multi-instrumentista: Cordofones (Cavaquinho, Bandolim, Braguesa, Guitarra, Bouzouki, Baixo) | Sopros, Gaitas e Percussões Tradicionais (como curioso interessado). Daniel Pereira nasce em Braga no dia 25 de Abril de 1979. Canta desde sempre e começa a aventura pela música com o seu pai a ensinar-lhe a tocar Cavaquinho aos 8 anos. Com nove anos, o pai, Casimiro Pereira, leva-o para Grupo de Música Tradicional Portuguesa "Origem Tradicional", onde tem contacto com outros instrumentos: a Viola Braguesa, o Violão, o Bandolim, a Gaita de Foles, etc. Estreia-se oficialmente nos palcos com o "Origem", no dia 15 de Agosto de 1989. E conhece o trabalho de estúdio em 1993, com o trabalho "Origem". Volta a Gravar com o grupo em 2007 "Um Sol Maior", em 2013 o CD de Natal "Linda Noite" e em 2014 "as boltas do bira...", no qual trabalha com nomes como Júlio pereira (que o ajuda na pós-produção do disco), Paulo Preto (Galandun Galundaina), Luís Fernandes (dOrfeu/Toques do Caramulo), Sara Vidal (Espiral/ex-Luar na Lubre), Ricardo Coelho e Cristina Castro (Pé na Terra), Miguel Marinho (Bailenda), Arménio Santa (Ginga), Firmino Neiva (Som Ibérico/ex-Raízes) e os seu camaradas Nuno Flores e Gonçalo Cruz (arrefole) e Azeituna. Aos Treze anos, surge a paixão pelo Teatro e pelas palavras. Frequenta um Curso de iniciação ao Teatro no qual representa Constantino, na peça de Alves Redol "Constantino o Guardador de Vacas e de Sonhos". Ingressa à posteriori a já extinta "Companhia de Teatro Nascente do Este". Na Universidade, tem uma breve passagem no "Teatro Universitário do Minho" e, desde 2001, participa pontualmente nos projectos e Recitais do "Sindicato de Poesia de Braga", do qual é membro permanente desde 2014.  Aos dezoito anos entra na Universidade do Minho (onde se Licencia em Ensino de Física e Química) e para a Tuna de Ciências, a "Azeituna", onde recebe a alcunha de "Cristo". Entretanto passa por dois projectos Pop/Rock (os "Bia Luli" e os "Suspeitos do Costume").  É na "Azeituna" que aprende e enriquece o seu trabalho como arranjador, compositor e orquestrador de Vozes e Instrumentos (especialmente os cordofones). Participa na produção musical, arranjos e composições dos discos: "Se as Capas Falassem" (2002), "Coro sobre Azul" com o Maestro Fernando Lapa (2003) e "Percursos" (2009).  Em 2002, com cinco colegas da Azeituna, funda a banda Pop/Rock "neurÓnios aBariados", tocando em várias Queimas das Fitas e Bares do Norte do País e fazendo alguns tributos memoráveis a António Variações, em Amares (a sua terra Natal). Lançando o primeiro CD em 2008: "abariações". Em 2003, depois da música tradicional, surge uma forte paixão pela música Folk e ingressa nos "Arrefole", onde desenvolve a composição mais progressiva e com quem lança um trabalho discográfico em 2006: "Veículo Climatizado", com várias canções e instrumentais da sua autoria. Estão neste momento a produzir o seu segundo álbum. Em 2010 passa por um projecto de música Angolana, com "Luís Muxima" e, em 2011 com os músicos que lá conheceu, pela banda Folk bracarense "Dança dos Homens". Em 2014, envolve-se com Júlio Pereira na fundação da "Associação Cultural e Museu Cavaquinho", cujo objectivo é a divulgação da prática do cavaquinho português, bem como o desenvolvimento pedagógico, da sua música, dos construtores, dos músicos e do som deste instrumento tão peculiar, fazendo parte da direcção. Sendo professor de formação, na área da música, ensinou cordofones tradicionais e gaita de foles, no Grupo Cultural de S. Mamede d'Este, na Escola de Música da Associação Recreativa e Cultural da Universidade do Minho, na Azeituna - Universidade do Minho, na Escola de Música - NuguelMusic em Braga, na Tuna Académica do Instituto Politécnico do Cávado e do Ave em Barcelos e foi recentemente convidado a leccionar cavaquinho e bandolim no Conservatório de Música Calouste Gulbenkien em Aveiro (no curso livre de música tradicional), bem como na World Music School de Helsínquia. Afirma ter o sonho de, um dia, conseguir que se crie em Braga uma escola de cultura e tradição oral de identidade, que possa ser uma referência nacional e internacional. É um dos músicos convidados por Júlio Pereira a fazer um álbum de cavaquinho, com a chancela da "Associação Museu Cavaquinho", que aliará o Canto com o Cavaquinho. Está neste momento a trabalhar na finalização da sua produção. Continua e continuará sempre o sonho de querer fazer coisas novas e melhores... O sonho de ser Músico, o sonho de ser produtor, de ter sempre prazer a fazer a música de que gosta, de lutar pela cultura tradicional de identidade, que nos diferencia no mundo global... O sonho de lutar pelos sonhos... de lutar por valores, princípios e pela imprescindível dignidade! Sempre que possível com optimismo, porque acredita que só assim se conseguirá fazer do mundo um lugar melhor, para que as nossas curtas e efémeras vidas possam ter um sentido e valer verdadeiramente a pena.
Concerto de Cantos de Cego da Galiza e Portugal com Ariel Ninas e César Prata Ariel Ninas e César coñecéronse no Encontro de Tocadores en Caminha convidados coma mestres ao curso de 2015 sobre “Cantos de cego e sanfona”. Desde aquela xurdiu entre os dous o desexo de facer un proxecto musical xuntos sobre este tema que no 2016 publicaron nun disco e agora presentan nun concerto especial dous anos despois daquel feliz encontro.  “Cantos de Cego da Galiza e Portugal” é un espectáculo sobre este personaxe singular na cultura universal e o seu repertorio musical a ambas beiras do Miño. Un conxunto de cancións de temática común: crimes, romances, parrafeos de namorados, desgarrada, feitos históricos… relatos que, coma os ceguiños e ceguiñas, acompañaron a paisaxe sonora de feiras, romarías e rúas desde a Idade Media até case os nosos días.
[ ± ] Ariel Ninas e César Prata
Ariel Ninas e César coñecéronse no Encontro de Tocadores en Caminha convidados coma mestres ao curso de 2015 sobre “Cantos de cego e sanfona”. Desde aquela xurdiu entre os dous o desexo de facer un proxecto musical xuntos sobre este tema que no 2016 publicaron nun disco e agora presentan nun concerto especial dous anos despois daquel feliz encontro.  “Cantos de Cego da Galiza e Portugal” é un espectáculo sobre este personaxe singular na cultura universal e o seu repertorio musical a ambas beiras do Miño. Un conxunto de cancións de temática común: crimes, romances, parrafeos de namorados, desgarrada, feitos históricos… relatos que, coma os ceguiños e ceguiñas, acompañaron a paisaxe sonora de feiras, romarías e rúas desde a Idade Media até case os nosos días. César Prata e Ariel Ninas son os dous músicos que recrean con variada instrumentación estas cancións. Fundamentalmente con voz, zanfona e guitarra, mais tamén con concertina, harmónica, adufes e percusións miúdas. A partes iguais melodías galegas e portuguesas, recollidas en cancioneiros ou gravadas directamente a informantes de Mesía, Pinhel, A Guarda, A Fonsagrada, Viseu… Estas cancións foron gravadas recentemente para formar parte do primeiro disco do dúo: “Cantos de cego da Galiza e Portugal” (aCentral Folque, 2016). Texto tirado do CD Cantos de cego da Galiza e Portugal: “Tenham sido muitas ceguinhas e ceguinhos desde os tempos de Homero que transmitiram um saber popular feito de histórias fabulosas que alimentaram o imaginário de gerações e gerações. Uma atividade profissional que se perdeu deste lado do mundo, mas que continua viva noutros locais. Pessoas que nos palcos onde estava o dinheiro souberam captar a atenção da audiência: o campo da feira e da romaria, a rua da cidade, a casa de quem lhes dava pousada. Performers audazes do seu tempo ou jograis medievais, souberam adaptar-se ao seu público. Um público generoso que ouvia e – desde que o povo sabe ler – comprava folhetos, corpus escrito de uma literatura de cordel muito rica e extensa: epopeias de heróis, vidas de santos, crimes horríveis de sangue, raptos e incestos, coplas picarescas, arrufos de namorados, historietas antigas ou relatos mais atuais. Faltas de vista, mas com uma capacidade recordatória portentosa, levavam novas aos lugares que visitavam, criando, assim, um sentido de comunidade e um repertório geral de cantigas. Artistas populares para o povo. Ceguinhas e ceguinhos são a memória colectiva, o fio da transmissão oral do nosso imaginário. Este é o nosso reconhecimento às pessoas que nos legaram as suas histórias. A todas elas e em especial aos informantes com quem aprendemos as canções que alimentam, neste disco, as nossas versões.” Ariel Ninas e César Prata César Prata é un compositor e intérprete portugués de proxectos non só musicais mais tamén de teatro e cinema. O seu traballo é marcado polas conexións que posúe ao patrimonio inmaterial e, en especial, á tradición oral. Nesta área posúe varias publicacións baseadas en cantigas de cegos, de cordel e de traballo. Dos proxectos en que participou destácanse Chuchurumel, Asubío, Chukas – encomenda do IGESPAR para o Parque Arqueolóxico do Vale do Côa – e Ai! Regularmente colabora co Projecto do Teatro Municipal da Guarda. Integrado na colección ‘A IELTsar vai-se ao longe’ do IELT – Instituto de Estudos de Literatura Tradicional da Facultade de Ciencias Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa-, Cancións de Cordel, 2010. En novembro de 2013 estreou Ai!, en parcería con Suzete Marques e en febreiro de 2014 editou ‘Futuras Instalações’ o seu CD máis recente. Desde xullo de 2014 traballa no proxecto ‘Ouvir Onte’, levantamento e tratamento do patrimonio imaterial do concello de Pinhel. Ariel Ninas móvese entre a tradición máis evolucionada, irrespectuosa e a contemporaneidade máis efémera. O seu primeiro grupo, foi a banda de punk-rock-skiffle-cabaret acústico “Inflatable Buddha” cos que xirou por Inglaterra durante dous anos e editou dous discos. É no seu retorno a Galiza que retoma o estudo formal da música tradicional en aCentral Folque, Centro Galego de Música Popular, da man de Óscar Fernández, ademais de formarse en cursos intensivos cos mellores zanfonistas europeos coma Valentin Clastrier, Gilles Chabenat, Matthias Loibner, Tobie Miller, Patrick Bouffard ou Germán Díaz. Nos últimos anos toca en varios proxectos de improvisación libre froito da súa participación coa OMEGa, Orquestra de Música Espontánea de Galiza: ImaxinaSons’09 con Fred Frith, Traumzeit Festival (Duisburg) con Michael Fisher. Co Comando Delta deconstruíndo a Golpes Bajos con Germán Coppini-; co dúo de electrónica B’knob, co trío experimental Ulobit, coa música para o baile con Bitoque, sobre o bordón e as músicas tradicionais con Senhora Asem ou coa ensemble de recreacións de música medieval Pres de Cambrai. As súas colaboracións pódense escoitar nos discos de Sérgio Tannus, Xoán Curiel, Lenda Ártabra ou Alba María. Fixo a solo a BSO para a peza de danza contemporánea ”Habelas”, premio Injuve 2010 coa Cía. trasPediante.
Concerto De Outra Margem De Outra Margem, en permanente crise de identidade. Algunhas veces non se sabe onde acaba o músico e empeza o instrumento (non hai fronteiras). De Outra Margem , probable ausente nos  grandes auditorios, non citado nos grandes medios, descoñecido nas revistas que marcan as modas. Máis está científicamente comprobada a felicidade da xente que  comparte a música con eles e elas nos seus concertos. Para que é a música, se non?" 
[ ± ] De Outra Margem
"O grupo De OUTRA MARGEM está formado na actualidade por oito músicos, seis galegos, un vasco  e un portugués que a música, ou acaso, algunhas afinidades e a amizade fixeron converxer e ten mantido unidos un longo treito xa da súa vida  Oito músicos,e con eles, unha manchea de instrumentos: Eva Gonzalez, percusións Raquel Domínguez, gaita, frauta, carillón Edorta López, acordeón Abílio Santos, voz, cavaquinho, cuatro, harmónica, adufe. Luis Lechuga, guitarra, cuatro Carlos Villanueva, saxos e frautas Pablo Ces, percusións Lorenzo Suárez, contrabaixo E as súas voces para as cancións, que son moitas.
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