Entrudanças 2016
Oficinas

Oficina de Valsas Mandadas com Manuel Aráujo (pt)

Circunscritas aos concelhos de Grândola e Santiago do Cacém, as valsas mandadas, apresentam uma variedade de "mandos" que, normalmente, são executados pelos rapazes que participam na dança, embora algumas raparigas o façam tão bem como os rapazes. Trata-se de uma dança de roda, provavelmente com origem na segunda metade do século XIX,  em que a posição inicial dos pares é diferente das outras danças. O rapaz cinge a rapariga com o braço esquerdo e segura-lhe a mão esquerda com a sua mão direita.

Esta dança, por ser "mandada", decorre de acordo com os "mandos" do, ou dos "mandadores", que vão proferindo de uma forma aleatória, as várias figuras que fazem parte deste balho. A figura de base (o "singelo") é uma constante no decorrer da dança, pois ao terminar a execução de qualquer figura, os pares ficam obrigatoriamente a efectuar o "singelo", esperando o mando seguinte.  Uma vez que os "mandos" são proferidos aleatoriamente, esta dança requer uma concentração constante durante a sua execução, além de uma memorização plena dos "mandos", para a execução correta das figuras.

Finalmente de referir que  ainda hoje se dançam as valsas mandadas nalguns bailes em algumas freguesias dos dois concelhos acima referidos.

[ ± ] Biografia de Manuel Araújo
Manuel Araújo nasceu e cresceu em Melides e emigrou, na juventude, para a zona de Lisboa, onde se tornou professor do Ensino Público. No regresso à terra natal integrou um grupo de valsas mandadas em São Francisco da Serra, aprendendo a arte de ser mandador. Tem colaborado com o professor Domingos Morais, Tiago Pereira e com a PédeXumbo na divulgação destas danças, nomeadamente no Festival Andanças e no Entrudanças, entre outros. Acompanhou a edição do caderno de danças do Alentejo. Vídeo
Oficina de Cordofones (combo) com Gonçalo Mirra (pt) A diversidade e quantidade de cordofones existentes em Portugal é considerável.  Tanto no continente como nas ilhas, os instrumentos de corda, adaptaram-se às inúmeras práticas musicais existentes pelo país. Por norma, acompanham todo o tipo de danças e cantos em atos religiosos - como a Dança das Virgens da Senhora do Altos dos Céus, na Lousa, Castelo Branco – e os costumes mais profanos, como o fado vadio das tabernas.              Se toca um cordofone ou qualquer instrumento que se adeque ao seu acompanhamento (tais como flautas, percussões, entre outros), traga-o consigo e apareça - o objetivo desta oficina é fazer a festa e a folia!  
[ ± ] Biografia de Gonçalo Mirra
Gonçalo Mirra é um músico multi-instrumentista de cordas. Licenciado em Educação Musical, começou os seus estudos musicais no Centro de Cultura Musical nas Caldas da Saúde, Santo Tirso, tendo o violino como instrumento principal. Mais tarde ingressou na Escola Profissional de Música de Viana do Castelo, onde concluiu o curso profissional de instrumento. Fez a sua licenciatura no Instituto Piaget em Canelas, Vila Nova de Gaia, e a profissionalização em serviço na Universidade do Minho, em Braga. Começou o seu percurso na música no grupo de cavaquinhos Seara Nova, em Ronfe, Guimarães, onde esteve durante seis anos. Durante dezasseis anos fez parte do grupo musical Pedra D´Água, de Joane, V.N. de Famalicão, com quem realizou centenas de espectáculos por todo o país. Seguiu-se o projeto Augusto Canário & Amigos, onde tocou oito anos assim como os Minhotos Marotos, de Guimarães, onde colaborou durante um ano. Embora tenha formação em violino, é aos instrumentos tradicionais que se tem dedicado com mais afinco, entre eles o cavaquinho, o bandolim, a gaita de fole, a guitarra portuguesa, a viola braguesa e a viola amarantina, além do ukulele e das flautas de bisel, entre outros.
Construción e Toque de un Pandeiro Sintético com Richi Casás (gz) Este curso para levar para casa un pandeiro vegano (sen pel animal) ten como obxectivo a construción dun adufe desde a materia prima (madeira de palé en bruto) até o pandeiro totalmente rematado e soando. O material necesario e as ferramentas son fornecidas polo monitor. As prazas son limitadas a 12 persoas. O adufe sintético é un instrumento sólido, sonoro e moi estable ante os cambios de temperatura e humidade. Construiremos os nosos adufes con elementos moi baratos e fáciles de conseguir hoxe en día: madeira de palé e fita de embalar. Durante o obradoiro aprenderemos conceptos básicos de carpintaría. Cada persoa asistente levará o seu adufe listo para tocar.
[ ± ] Biografia de Richi Casás
Richi Casás é un músico da Coruña, de estilo heteroxéneo, e curioso ante calquera manifestación artística. Combina a docencia como mestre de primaria coa participación en grupos de varios estilos, como trad-Jazz (Fuliada na Vila), folk (Os 90), flamenco (Sandra calderón & flamenco band) ou bravú (Os Tres Trebóns). Vídeo
Oficina de Requinta Galega e Flauta Travessa com Xosé Liz Cea (gz) e Casimiro Fernandes (pt)   Nesta oficina juntam-se dois aerofones de aresta, muito comuns em toda a Europa e também na Península Ibérica. A requinta, na Galiza, é uma flauta travessa desenvolvida no século XIX, especialmente na zona da Ulla (rio ao sul de Compostela) para acompanhar formações de gaita, caixa e bombo. É construída em buxo e/ou em madeiras exóticas, como por exemplo o ébano ou o pau santo/cocobolo.  A flauta travessa, em Portugal, nos contextos mais populares, constroí-se um pouco por todo o país, com cana-da-índia, bambu ou pau de sabugueiro. Acompanha diversos tipos de práticas musicais, como as tocatas de bailaricos de chulas e viras do Norte, ou as percussões e cantos dos contextos mais pastoris, como são caso os grupos de bombos da Beira Baixa, em especial dos arredores do Fundão. Na oficina, monitorizada por Xosé Liz Cea, serão transmitidas técnicas e repertórios da requinta galega assim como será ensinado repertório do Minho para flauta travessa.  Os formadores dispõem de várias flautas para emprestar, nomeadamente três requintas em Sol, três em Ré e cinco flautas de cana. No entanto é recomendável levares o teu próprio instrumento (qualquer flauta travessa é válida). 
[ ± ] Biografias de Xosé Liz Cea e Casimiro Fernandes
Xosé Liz Cea é un músico de recoñecido prestixio nacional e internacional no ámbito do folk galego e a Celtic Music. Máis de trinta producións discográficas cos mellores artistas galegos (Cristina Pato, Susana Seivane, Blanco, Rodrigo Romaní, Anxo Pintos, Anxo Lorenzo, Begoña Riobó…) e a súa habitual presenza nos mellores escearios adicados a estas músicas (Celtic Connections, Piping Live, Vall D’aOsta, Scottish Weekend, Festival Interceltico de L’orient…) avalan a traxectoria deste multiinstrumentista vigués. Compaxina a súa tarefa de música profesional, produtor, arranxista e compositor coa súa laboura de mestre titular de frauta e corda pulsada na prestixiosa Escola de Música Folk e Tradicional E-Trad de Vigo, dende 2009. Está agora mesmo rematando de aquelar o seu primeiro disco en solitario. Vídeo Casimiro Ribeiro Fernandes Casimiro Ribeiro Fernandes é um cantador multi-insturmentista natural de São João da Cova, Vieira do Minho, e reside em Louredo, no mesmo concelho. Nasceu no seio de uma familía em que todos cantavam ao desafio: a mãe, o pai e os irmãos. Contudo, a mãe não cantava nos terreiros, ficando-se pelas festas mais íntimas da casa. No entanto, era uma improvisadora exímia, autora de versos que ainda hoje inspiram o seu filho Casimiro. O pai era conhecido por cantar nos serões dos trabalhos agrícolas, em desfolhadas e pisadas do vinho, assim como nas festividades locais, como os Reis ou o Carnaval.   A família possuía um rebanho de ovelhas e diversos bovinos, que os filhos apascentavam na localidade, situada entre as Serras da Cabreira e do Gerês. Quando encarregue dessa tarefa, para ultrapassar a monotonia das horas nos campos e montes, Casimiro construía as suas flautas e tocava-as. Além deste instrumento, aprendeu a tocar realejo de boca e concertina, sendo um cantador ao desafio bastante conhecido e respeitado no circuito das desgarradas do Minho.  Vídeo
Cantigas de Taberna com Alexandre Cano e os Muiñeiros do Sarela (gz) Xuntar a comensalidade e a música. Este curso é para todos os públicos que gosten do canto saudábel e colectivo, das cantigas fáciles e simpáticas de influencias diversas e peneiradas en décadas de práctica informal. Logo dun día de traballo é na taberna onde o espírito flúe distendido e as preocupacións cotiáns fican nun segundo plano. Coa alegria dun copo de bebida alcólica (ou non) e, sobre todo, na compaña da boa xente, son as cantigas de taberna unha oportunidade de  desfrutar cantando. Este ano o EdT convida a un grupo galego que todas as semanas se xunta nunha tasca de Compostela para que compartan cancións dun repertorio intemporal.
[ ± ] Biografia de Alexandre Cano e os Muiñeiros do Sarela
Músico de Compostela. Inicia a súa formación musical, no ano 1977, aprendendo a gaita co mestre Bartolo, Manuel Miramontes, depois cursou estudos musicais no Conservatorio de Compostela e no Conservatorio de Música Tradicional e Folque de Lalín. Nos anos 80 foi corista e gaiteiro da A.F. Cantigas e Agarimos. É autor dos libros A Requinta Adobada (2012), Juan Bello Mallou, O Gaiteiro das Casas Novas (2013) e Cantigas de Taberna (2017). Os Muiñeiros do Sarela, é unha asociación con sede en Compostela (A Coruña) que foi fundada no ano 2008, tendo como obxectivo crear un espazo participativo e aberto para divulgar a música tradicional de Galiza e promocionar a língua galega. Todos os compoñentes teñen unha ampla experiencia neste eido dado que proveñen doutros grupos, asociacións, coros, bandas de música, etc. O seu repertorio está composto por música tradicional galega aínda que tamén incorporan un pequeno repertorio de música portuguesa. Este repertorio ten unha grande variedade de ritmos que serven para  divertirse en cada actuación ou concerto creando un ambiente lúdico e de lecer.
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