Historias da Tinta Imaxinaria (gz)
Alba María, voz
Queco Díaz, guitarra
Estamos diante dun espectáculo para todos os públicos, especialmente o familiar, que coa palabra e a música como ferramentas, procura o humor agudo e tenro e a expresión sinxela e sutil. Queco Díaz e Alba María presentan esta paisaxe imaxinaria que pretende achegar tres caras da oralidade galega (conto, poesía improvisada e canto) aos máis pequenos e pequenas. A través dun conto a cantora e regueifeira Alba María acolle unha paleta de cores que vai guiando o espectáculo por diversas historias. Para ilustralas sonoramente axudarase das palabras do pequeno público e no momento elaborará cancións improvisadas xunto co acompañamento da guitarra de Queco Díaz. Historias da Tinta Imaxinaria procura ser un espectáculo completo, innovador e enormemente participativo, ata o punto de ser o público o propio creador de contidos a tempo real. Unha achega das nenas e nenos ás tintas imaxinarias, aquelas que só se poden escoitar, cantar e falar. Aquelas que posuímos para crearmos e construírmos a realidade coas palabras que nos dá a nosa lingua.
[ ± ] Biografia Alba María
Alba María Nascida na ilha de Gran Canária, em 1995, é uma cantora, compositora e regueifeira galega. Aos treze anos começou a estudar acordeão no Conservatório de Vigo e inicia-se no mundo da música tradicional galega, desenvolvendo uma intensa actividade como improvisadora oral, no género da regueifa, onde ganhou vários concursos na Galiza. Com dezoito anos venceu o I Certame de Canción de Autor Concello de Teo (Galiza), a partir do qual teve a possibilidade de gravar o seu primeiro disco: “Aínda”, editado pela aCentral Folque em 2014. Nesse ano foi uma das artistas revelação do panorama galego. Actualmente é aluna de canto na Escola Livre da MPG (aCentral Folque) e frequenta o 1º ano na Escola de Música Popular Avanzada. Realiza também estudos de Filologia Galega na Universidade de Santiago de Compostela.
Narração de histórias com Thomas Bakk - O Senhor dos Cordéis (br)
Literatura de cordel é a denominação genérica em Portugal e no Brasil que se refere às narrativas em verso, publicadas em livretos e expostas em cordas, que tiveram origem na Península Ibérica e chegaram ao Brasil por volta do Século XVI, com os colonizadores portugueses. Este género de literatura, conservada e transmitida pela tradição oral, através das gerações, originou grande parte dos contos tradicionais e uma parcela significativa de alguns dos mais célebres contos clássicos, tendo, praticamente desaparecido em Portugal e em toda a Europa.
[ ± ] Biografia Thomas Bakk
Thomas Bakk é contautor. Autor, contador de histórias, ator, dramaturgo e poeta, tem um longo percurso como artista performativo, com obras publicadas e peças encenadas em Portugal, Brasil e Angola. Foi guionista de televisão, no Brasil, e atualmente dedica-se à formação e narração de histórias da sua autoria, quase todas inspiradas na Literatura de cordel.
Ludoteca Brincalhona (gz)
A Ludoteca Brincalhona é un colectivo galego de animación para crianzas con xogos tradicionais e modernos. É un proxecto itinerante que se compón dunha chea de xogos (tradicionais, adaptados ou inventados) creados principalmente con material reutilizado ou materiais naturais (pedras, cunchas, sementes, madeiras...) feitos a man.
Os xogos son tantos como a imaxinación che permita:
- Cunchas, montables, madeira, enredos para infancia,...
- Xogos de taboleiro: xogos do mundo, individuais en parella e en grupo
- Caixas e grandes taboleiros: xogos de chapas, imitación de deportes como fútbol ou hoquei, billares caseiros... Estes xogos fan a "música" da ludoteca
- Xogos de puntería: lanzabolas, aros, chave,...
- Xogos de aire libre: corda, parcaidas, argallos varios...
A ludoteca itinerante
é un proxecto ambulante
con xogos de refugallo
para pequenos e grandes
xogos para armar a festa
xogos para pasar a tarde
enredos puzzles desafíos
lanzabolas taboleiros labiririntos
A ludoteca Brincallona non ten forma
adáptase a cada lugar
a cada grupo, a cada necesidade
Tradições e lendas de Caminha - Serração da Velha
Com Sofia Guardão e João Conde (PT)
A Serração da Velha é um antigo costume carnavalesco do Sul do Ocidente Europeu. Este ritual tem relações verbais que significam o enterro do Inverno e início da Primavera.
É uma tradição popular que ocorre na quarta-feira da terceira semana da Quaresma, marcando um interregno lúdico neste período do calendário religioso. No Alto Minho, encontramo-la em Moledo, Afife, Carreço, Ponte de Lima e Darque, entre outras, com algumas diferenças no seu ritual.
A “Sarração” da Velha como é conhecida em Moledo, transforma-se num momento de encontro da comunidade, uma vez que é fomentada a participação de todos, inclusivamente da própria velha que, após um julgamento por maus ofícios, é condenada a ser serrada, não sem antes ler o seu testamento, um documento satírico, carregado de alusões à vida das pessoas da freguesia e aos acontecimentos mais importantes do ano.
Apesar de se tratar de diferentes celebrações, os ritos da “Serração” da Velha e da Queima do Judas apresentam semelhanças extraordinárias. A mais importante constitui a leitura do respectivo testamento que, em ambos os casos, é invariavelmente utilizado como arma de crítica e regulamentação social que, no passado, era aceite por todos.
As formas de tocar, cantar ou bailar não são as únicas manifestações imateriais da cultura de um povo. As suas crenças e costumes são práticas que, em geral, acarretam um sem número de saberes dessa imaterialidade. As lendas, as lenga-lengas, os provérbios, os romances, as orações, as benzeduras, entre outros, constituem também, pela oralidade, a riqueza patrimonial de cada povo.