Lançamento da Brochura "Adufes e Pandeiros" da colecção Para Conhecer e Fazer
Sexta, 1 Junho - 19h00
Auditório do Museu Municipal de Caminha
Adufes e Pandeiros é o segundo número da colecção de brochuras Para Conhecer e Fazer: uma colectânea de publicações em formato de brochuras artesanais onde se disponibiliza informação sobre técnicas e objetos específicos no âmbito das tradições relacionadas com a dança e música tradicionais, de um modo informal, simples e visualmente atractivo.
Nesta publicação dedicada ao adufe/pandeiro, a PédeXumbo pretende divulgar a prática tradicional do instrumento, as suas origens, as especificidades, repertórios e práticas associadas, numa linguagem simples e descomprometida. Em paralelo, apresentam-se propostas práticas de construção e reinvenção, criando-se uma ponte directa com os conteúdos desenvolvidos na oficina de "Construção e Toque de Pandeiro sintético" do Encontro de Tocadores de 2018.
[ ± ] Pédexumbo
A PédeXumbo trabalha desde 1998 na promoção da música e dança de raiz tradicional. Uma equipa profissional dedica-se à recuperação destas práticas culturais, através de registos, coproduções, criação artística, investigação, formação de formadores e ensino informal destinado a todas as idades.
Mais do que perpetuar relíquias, a PédeXumbo propõe-se a reavivar hábitos sociais de viver a música, reproduzindo bailes tradicionais participados por novas gerações que vão beber em práticas antigas.
No seu próprio espaço, em Évora, programa regularmente oficinas de dança, música, concertos, bailes e tertúlias para vários públicos. Organiza festivais em todo o país, tendo especial notoriedade o Andanças. Dinamiza aulas regulares de dança junto de escolas e jardins de infância, projetos comunitários de educação artística, e promove ações de formação que exploram diversas vertentes das danças de raiz tradicional.
Contando com diversas parcerias internacionais, tem ainda um papel pioneiro na criação artística de novos formatos de baile, explorando conceitos de danças sociais, interatividade, ritual, criatividade, contemporaneidade,tradição. Dinamiza, em colaboração com instituições universitárias, um setor de investigação etnocoreológica, tendo editado diversos livros e documentários.
Lançamento do Cancioneiro da Gaita-de-Fole da associação Para a Proteção e Divulgação da Gaita-De-Foles com Gustavo Portela, Ana Pereira, Paulo Tato Marinho, Nuno Dias e Napoleão Ribeiro
Sábado, 2 Junho - 15h00
Auditório do Museu Municipal de Caminha
A prática da gaita-de-fole em Portugal é bastante antiga e o património imaterial musical associado a este instrumento é transversal à história da música portuguesa, conforme se pode constatar nos múltiplos registos existentes, inclusive nas ex-colónias.
Com o objetivo de perpetuar este património, a Associação Portuguesa para o Estudo e Divulgação da Gaita-de-Foles, reuniu nesta publicação, um conjunto de cem temas da tradição gaiteira.
Na edição deste primeiro volume, coordenado por Gustavo Portela, transcreveram-se temas que são representativos de uma cultura muito viva que chegou até nós pelas mãos de gaiteiros de norte a sul do país. Para este projeto de salvaguarda e preservação deste património imaterial foram convidados dez gaiteiros, aos quais foram pedidos, a cada um, dez temas de áreas territoriais em que a tradição gaiteira está mais ativa: Ana Pereira, António Freire, Francisco Pimenta, Henrique Fernandes, João Tiago Morais, Napoleão Ribeiro, Nuno Dias, Paulo Tato Marinho, Ricardo Coelho e Ricardo Brás dos Santos.
[ ± ] Gustavo Portela
Gustavo Portela nasceu em Lisboa e iniciou os seus estudos de gaita-de-fole na Xuventude da Galiza - Centro Galego de Lisboa com o professor Gonçalo Marques. Posteriormente realizou o curso regular da Escola de Gaitas da Associação Para o Estudo e Divulgação da Gaita-de-Foles com os professores Vasco Ribeiro Casais, Francisco Pimenta e Miguel Costa. Em 2008, realizou o curso de flauta de tamborileiro da mesma associação com o professor Diogo Leal. Paralelamente teve formação musical com o José Dias e frequentou um número considerável de cursos intensivos de execução, afinação e construção de palhetas de gaita-de-fole com Anxo Lorenzo, Vicent Boniface, Julienn Cartonnet, Sito Carracedo e Patrícia Cela, entre outros. É professor de flauta de tamborileiro na Associação Para o Estudo e Divulgação da Gaita-de-Foles desde 2015. Como músico participou em diversos projetos dos quais se destacam Arranca-Telhados, Roncos do Diabo e, mais recentemente, com a Orquestra de Foles e Zikhamu. Foi presidente e membro directivo da Associação Para o Estudo e Divulgação da Gaita-de-Foles. Em 2005, fundou a associação Tradballs e tem trabalhado na organização de vários festivais, concertos, bailes e oficinas de música, tais como o Andanças, o Fest-i-ball, Ball-toques, Fest-i-Gaita e Terreiro do Gaiteiro. Participa regularmente em romarias, círios e arruadas em festas onde, desde há séculos, os gaiteiros e tamborileiros marcam a sua presença.
CD Gaitas de fole em Portugal e Livro-CD Gaiteiro Poso
Domingo, 3 Junho - 11h00
Auditório do Museu Municipal de Caminha
Apresentação de dous trabalhos editoriais muito importantes em este 2018 sobre o instrumento máis identificativo e comum às duas beiras do Minho. Um é um disco dedicado ás diferentes gaitas de fole em Portugal do mestre e referente musical Paulo Tato Marinho e outro é o libro-CD sobre o gaiteiro de Poso (Ancares, Galiza) com Ivan Costa, co-autor com Carlos Rey e Sérgio Cobos da monografia da coleção Chave Mestra.
Álbum dedicado maioritariamente ao reportório tradicional português para este instrumento, onde se incluem originais de vários compositores. Nele, os diversos tipos de gaitas de fole são acompanhados por instrumentos de percussão, flautas, voz e viola braguesa, entre outros. São 39 temas em 15 faixas, num total de 57 minutos de música.
[ ± ] Paulo Tato Marinho
Paulo Tato Marinho dedica-se às gaitas de fole como instrumentista, professor, investigador, divulgador, compositor e construtor. Começou a tocar gaita de fole em 1982. O seu gosto pelo instrumento nasceu no Alto Minho onde passava férias na aldeia de sua família paterna, São Pedro da Torre – Valença. Nesta zona, e abrangendo a Galiza, viu e ouviu zés pereiras e gaiteiros galegos, criando desde cedo um fascínio pela gaita de fole. Em 1983 integrou o grupo musical “Sétima Legião” e, no ano seguinte, o grupo de danças e cantares “Anaquiños da Terra” da Xuventude da Galiza – Centro Galego de Lisboa. Em 1992 foi um dos fundadores do grupo musical “Gaiteiros de Lisboa” e em 1999 foi sócio fundador da Associação Portuguesa para o Estudo e Divulgação da Gaita de Foles. Tem participado e colaborado em espectáculos e discos com vários projectos musicais.
Libro-CD “Manuel López López. O gaiteiro de Poso” de Carlos Rey, Iván Costa e Sergio Cobos
Manuel López López “O gaiteiro Poso” (1907-2000) natural de Navia de Suarna está considerado como un dos máis virtuosos gaiteiros do século XX e como o máximo representante do particular estilo das montañas orientais de Galicia. Carlos Rey adica un texto para entender a vida e a cultura nos Ancares e o contexto no que Poso realizou a súa vida profesional coma carteiro e gaiteiro. Iván Costa analiza nun texto divulgativo para todos os públicos o estilo e caraterísticas do toque de Poso, así como unha transcrición de melodías e improvisacións do gaiteiro. Sergio Cobos lega as gravacións que lle fixo a Poso nos últimos anos da súa vida e dá unha trasncricións das bailes da montaña ancaresa.
[ ± ] Iván Costa Blanco
Iván Costa Blanco é un gaiteiro galego de Moaña. Tivo diferentes mestres de gaita pero foi Nazario González "Moxenas" quen o iniciou no toque tradicional, tanto aberto como pechado. Estudou zanfona con Anxo Pintos na Escola de Artes e Oficios de Vigo. Entre os anos 1990 e 2002 participou en numerosos certames de gaiteiros gañando gran parte deles. A destacar: Premio Mac Allan (Francia 1991, 1º premio), Premio Constantino Bellón (Ferrol 1991 e 1999, 1º premio), Concurso de Soutelo de Montes (2000, 1º premio), Concurso Ricardo Portela (2002, 1º premio), Concurso da Estrada (1998, 1º premio), Concurso de Ponteareas (1992, 1º premio)... En 2006 edítase o seu primeiro CD en solitario co nome de “Ávrego”. Actualmente é membro dos grupos Orquestra folc SonDeSeu e o trio de ball-folc Obal.[group/]
Livro-CD Regueifa en Bergantiños
Domingo, 3 Junho - 11h40
Auditório do Museu Municipal de Caminha
«Regueifa en Bergantiños. Celestrino de Leduzo vs. Calviño de Tallo» da autora Alba María Rodríguez é o primeiro libro monográfico que se escribe sobre a regueifa e a improvisación oral na comarca de Bergantiños, último lugar na Galiza onde aínda fican improvisadores espontáneos en activo da vella xeración que deu tanta sona a esta comarca. Este liro foi publicado a finais do 2017 dentro da colección Chave Mestra que publica aCentral Folque.
A comarca de Bergantiños constituíu arredor dos anos 50 un berce de coplas, rimas e contextos óptimos para o desenvolvemento da poesía oral improvisada. Na súa manifestación en forma de controversia, a chamada regueifa, destacaron numerosas figuras que encarnan os últimos anos de vitalidade do fenómeno improvisador galego.
Entre elas soan con forza os nomes de Blanco de Muiñoseco (Coristanco) e o dos seus discípulos Calviño de Tallo (Ponteceso) e Celestrino de Leduzo (Malpica de Bergantiños). Ambos improvisadores levaron a disputa en verso ao seu máis requintado nivel. Máis alá dos casamentos (o contexto inicial do xénero) amenizaron os bares, as festas e calquera encontro público e semiprivado dunha Galicia eminentemente rural. A través destas figuras e o seu tempo coñeceremos estas coplas de catro versos octosílabos con rima nos pares, que vinculadas a unha melodía fixa compartida polos opoñentes, constitúen o celme da tradición cantada galega.
[ ± ] Alba María Rodríguez
Cantora, compositora e improvisadora oral galega. Graduada en Lingua e Literatura Galegas. Con 18 anos gaña o I Certame de Canción de Autor do Concello de Teo, a raíz do cal ve a luz o seu primeiro disco: “Aínda” (aCentral Folque, 2014) co que leva realizados máis de corenta concertos en teatros, festivais e salas de toda Galiza. Desde os 13 anos mergúllase no mundo da música tradicional galega, desenvolvendo unha intensa actividade como poeta e improvisadora oral, eminentemente no eido da regueifa (con mestres coma os destacados improvisadores Josiño da Teixeira, Pinto de Herbón, Luís o Caruncho ou o decimero cubano Alexis Díaz Pimienta). Deseña e imparte por toda Galicia diversos obradoiros de regueifa e concertos destinados á infancia e ao ensino medio como “Introdución a improvisación e ao ritmo como elemento normalizador da lingua galega”. Colabora co proxecto Regueifesta na introdución da regueifa no ámbito educativo. Arredor da oralidade publica Regueifa en Bergantiños.Celestrino de Leduzo vs. Calviño de Tallo (2017, aCentral Folque), o primeiro monográfico centrado na investigación sobre a regueifa de Bergantiños. Actualmente imparte Regueifa e Improvisación Oral na Escola de Música Popular e Avanzada d’aCentral Folque. [group/]
Apresentação do CD A Viola Amarantina de Chico Gouveia (pt)
Domingo, 3 Junho - 12h30
Auditório do Museu Municipal de Caminha
[ ± ] Chico Gouveia
Chico Gouveia é um músico português que se dedica ao estudo dos cordofones populares portugueses. “Amarantina” é o resultado do trabalho de pesquisa e composição para a viola amarantina, instrumento popular de Amarante, no Norte de Portugal. Nele, o instrumentista demonstra as potencialidades desta viola, tocando-a em doze temas originais, especialmente escritos para a mesma, executando-os com várias técnicas.